sábado, 19 de março de 2016

O PODER DA LÍNGUA

  A palavra de Deus é fiel e digna de toda aceitação (I Timóteo 1.15). Diante disso, notei o quanto as Escrituras ensinam a respeito da língua e sua utilização saudável ou maldosa.
        Um dos textos que me chamou a atenção está em Provérbios 18.21, que menciona: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.”
       Este versículo é claro em demonstrar que os cristãos têm duas maneiras de utilizar a língua, causando danos ou contagiando com palavras bondosas e sadias. A maneira que a utilizamos (destruindo: morte; bendizendo: vida) determinará a colheita (fruto). A pessoa que gosta de falar deve observar que caminho os efeitos de suas palavras estão tomando.
  No Novo Testamento existe um dos textos mais conhecidos a respeito da língua, enriquecendo nossa compreensão sobre o tema. Será necessário transcrevê-lo na íntegra, porque nada mais tem o poder de transformar nossas mentes e mudar nossa maneira de falar a não ser a Palavra e o Espírito Santo de Deus.

“Meus irmãos, não vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber maior juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão, capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar, é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.” (Tiago 3.1-12)
  Aqui, Tiago expressa a importância de considerarmos que a língua, apesar de tão pequenina, é capaz de causar grandes estragos, corrompendo todo o caráter de uma pessoa, por meio de mentiras, malícias, fofocas, calúnias, palavras malignas, etc... Os termos que Tiago utiliza são impactantes, mas é disso que nós precisamos. Veja que da mesma boca saem palavras contraditórias, porque ora dizemos que amamos e adoramos o Senhor, ora falamos mal do irmão feito à semelhança de Deus. Que loucura!!! Muitas vezes me pego dizendo a mim mesmo: se não há coisa boa para falar, morda a língua e fique quieto!!!
        Realmente, Tiago relatou a exteriorização de tudo o que existe no coração depravado do homem, conforme a brilhante lição de Jesus: “Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras serás condenado.” (Mateus 12.33-37)
       Desta forma, nosso coração deve estar cheio da palavra de Deus (“Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo...” – Colossenses 3.16), para que das nossas bocas saiam palavras edificantes, verdadeiras, bondosas, que transmitam graça aos que ouvem, e glorifiquem nosso Deus Soberano. “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3.17)
        Não se deixe enganar, não existe outra maneira de mudarmos nosso palavreado se não houver uma mudança em nossos corações pelo poder única e exclusivamente das Escrituras e do Espírito Santo.

“É uma bênção escavar e penetrar as profundezas da Bíblia até que, finalmente, chega-se a falar com o linguajar bíblico, e nosso espírito recebe o sabor característico das Palavras do Senhor, e a Escritura chega a circular no sangue, e a própria essência da Bíblia flui de nossa pessoa.” (C.H. Spurgeon)

Rodrigo Cesar Nogueira

Um comentário:

  1. Amém... Palavras sábias, filho... Que o Senhor nos capacite a domar nossa língua...

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