O ser humano é um ser
essencialmente pecador. Nada de bom provém do coração do homem, por mais que se
esforce ou ache que exista em si alguma bondade nata. Jesus deixou claro que há
no coração humano um gigantesco poço de maldade e pecaminosidade: “Porque de
dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a
prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias,
o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos
estes males vêm de dentro e contaminam o homem.” (Marcos 7.21-23).
Ao ler esta verdade
impactante, pude perceber que muitas vezes não estou reconhecendo a podridão
que existe no meu coração, tentando salvar algo de bom em mim, e
consequentemente vivendo de aparências, forjando atitudes corretas
superficiais, como castelo de areia, com aparência imponente e sem defeito,
contudo absolutamente débil em sua essência.
“Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto, quem o
conhecerá?” (Jeremias
17.9). À medida que Deus vai abrindo nossos olhos, fazendo-nos olhar para nós
mesmos, Ele nos revela que nascemos com uma natureza escravizada ao pecado
(pecamos porque somos pecadores). “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração, eu
provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo
o fruto das suas ações.” (Jeremias 17.10). “Eu nasci na iniquidade, e em
pecado me concebeu minha mãe.” (Salmo 51.5).
Neste sentido, ao
reconhecermos a corrupção que há em nosso coração, primeiro vamos valorizando a
tão grande salvação efetuada por Deus única e exclusivamente pela graça,
mediante a fé em nosso Redentor Jesus Cristo.
Outra atitude correta
derivada daquela primeira, é a de pararmos de apontar o dedo para os pecados
dos outros; pelo contrário, devemos olhar para a nossa própria depravação e
pedir graça ao Senhor para vivermos em santidade. “Aquele, pois, que pensa
estar em pé veja que não caia.” (1 Coríntios 10.12).
Assim, façamos como o
apóstolo Paulo, que, no fim de sua vida, vislumbrava claramente a corrupção do
seu coração e deu o devido valor à salvação pela graça manifesta em nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo. Quanto mais reconhecermos a gravidade da nossa
doença, mais valor vamos dar ao remédio que a cura.
“Fiel é a palavra e
digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os
pecadores, dos quais eu sou o principal.” (1 Timóteo 1.15)
RODRIGO CESAR NOGUEIRA