sábado, 9 de julho de 2016

JULGAR OU NÃO JULGAR: EIS A QUESTÃO!

Muitos cristãos se perguntam se, de fato, a bíblia reprova ou autoriza o ato de julgar uns aos outros.

Sobre isso, Jesus ensinou no Sermão do Monte acerca do julgamento correto que devemos exercitar. Nesse texto, o Senhor Jesus repudia o julgamento temerário, que é aquele julgamento imprudente, precipitado, sem base fática concreta.

Eis o texto:  "Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão."

Aqui, Jesus ensina que o autojulgamento deve preceder o julgamento alheio. Tanto é verdade o ensino do Senhor sobre podermos julgar, que logo no verso 6 do mesmo capítulo, Ele mostra o seguinte: "Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." Assim, para discernirmos quem são os cães e os porcos, devemos julgar.

Também, devemos exercer julgamento para discernirmos falsos ensinos, conforme determinado pelo Senhor (Mateus 7.15-18): "Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons."

O apóstolo Paulo também esclarece sobre uma incumbência da igreja quanto ao julgamento do que está sendo pregado: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem."

Vejamos outros textos bíblicos que mostram nossa tarefa de julgarmos de forma correta as pessoas:

Isaías 5.20: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!"

Malaquias 3.18: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve."

1 Coríntios 5.12 e 13; 6.1-6: "Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor. Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos!"

Portanto, o caminho para um correto julgamento é deixarmos de julgar temerariamente, por impressão ou com informações de segunda mão (ouvi dizer), mas busquemos de Deus o DOM DO DISCERNIMENTO ESPIRITUAL, para distinguirmos com a maior precisão possível uma coisa da outra, cujas diferenças nem sempre aparecem à primeira vista, com o propósito de fazermos um juízo correto das pessoas e suas ações.

"Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça." João 7.24

Rodrigo Cesar Nogueira

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