domingo, 24 de abril de 2016

FALA MUUUUIIITO!!!!

"Tens visto um homem precipitado nas suas palavras? Maior esperança há para o insensato do que para ele." Provérbios 29.20


Você conhece alguém que é tagarela? Que fala pelos cotovelos? Aquele que fala sem medir as consequências de sua tagarelice? Esse tal é tachado como precipitado em suas palavras.

Tens visto? Fiquei pensando que ao me olhar através do espelho, eu me vi como um precipitado nas minhas palavras, falando coisas na hora errada, da maneira errada, pra pessoa errada.

Então, peço que Deus me dê sabedoria e discernimento para moderar minhas palavras, para que eu seja marcado pela minha moderação, não pela falta de freio na minha língua.

"Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor."
Filipenses 4.5

Rodrigo Cesar Nogueira

terça-feira, 19 de abril de 2016

TEMOS QUE APRENDER A ESPERAR

Existe um verbo que, digo por mim, tem sido difícil de conjugá-lo: ESPERAR.

Esperar não é uma dificuldade somente para os pequeninos, conforme aquela música do Crianças Diante do Trono, mas também os adultos sofrem para aquietar-se e sossegar. Temos dificuldade em esperar em uma fila até sermos atendidos, esperar o semáforo abrir, esperar o almoço ficar pronto, esperar o ônibus chegar, esperar ficarmos curados de um machucado, esperar o pagamento sair, esperar voltar a luz, esperar, esperar, e esperar...

Na bíblia há registros de pessoas que aprenderam a esperar em Deus. José passou mais de dois anos na prisão (injustamente!) fazendo o quê? Esperando pelo agir soberano de Deus ao exaltá-lo perante a nação egípcia. Moisés, antes de liderar o êxodo do povo de Israel do cativeiro do Egito, ficou quarenta anos cuidando de ovelhas nas planícies de Midiã. Quarenta anos!

Davi, da mesma forma, esperou treze anos antes de tornar-se rei, vivendo como fugitivo, caçado e perseguido por Saul. Elias, por sua vez, esperou um longo período de tempo junto ao ribeiro chamado Querite, depois na cidade de Sarepta, antes de enfrentar o perverso império de Acabe e Jezabel. Ester esperou Deus usar sua vida para delatar ao rei, seu marido, uma conspiração secreta, e ao final salvar os judeus de um extermínio.

A espera é um método utilizado por Deus para polir nossas habilidades, quebrar nossas vontades, moldar nosso caráter e dar profundidade ao nosso modo de ser. Enquanto esperamos, Deus trabalha. “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.” (Isaías 64.4).

Esperar contraria a natureza humana. Apressar é muito mais humano do que divino. Nos períodos de espera, Deus incute em nós a humildade, a dependência e a paciência.

Vejamos alguns textos no livro de Salmos que nos ajudam a compreender a necessidade da espera em nossas vidas, a fim de que o caráter de Cristo seja formado em nós:

“Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente.” (Salmo 25.3)

“Descansa no Senhor e espera nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa do que leva a cabo os seus maus desígnios.” (Salmo 37.7)

“Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.” (Salmo 40.1)

“Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu.” (Salmo 42.5)

“Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação.” (Salmo 62.1)

“Quanto a mim, esperarei sempre e te louvarei mais e mais.” (Salmo 71.14)

Que a Palavra do Senhor ganhe os nossos corações a cada dia de espera nele, para que sejamos convencidos de que nos cabem a submissão e a obediência ao mover soberano de Deus nas circunstâncias. Enquanto isso, vamos esperar!

“Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor.” (Salmo 27.14)

Rodrigo Cesar Nogueira

sexta-feira, 15 de abril de 2016

TÃO GRANDE SALVAÇÃO

“como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hebreus 2.3)

    Devemos sempre relembrar a tão grande salvação realizada por Deus na pessoa do nosso Redentor Jesus Cristo.
    “Desperta-me a memória; entremos juntos em juízo; apresenta as tuas razões, para que possas justificar-te.” (Isaías 43.26). Estas palavras de Deus nos mostram que não há mérito algum no homem e nada que o ser humano (pecador) possa fazer para ser salvo e se justificar diante de Deus. Em primeiro lugar, estando o homem na situação de morto, impossível é sua auto-salvação, pois como um morto poderá tornar à vida ou fazer qualquer outra coisa? “Ele vos deu vida, estando vós mortos em vossos delitos e pecados,” (Efésios 2.1). “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os vossos delitos;” (Colossenses 2.13).
    Em segundo lugar, seria possível ser justificado diante de Deus se houvesse o cumprimento total da lei. Mas somente Cristo Jesus cumpriu toda a lei, vivendo aqui nesta terra sem pecado algum. “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” (Mateus 5.17); “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” (Hebreus 4.15).
     Mas os seres humanos são incapazes de cumprir a lei e satisfazer a justiça de Deus por si mesmos. “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gálatas 2.16).
     Desta forma, a salvação é exclusivamente pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo. “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos, ... Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2.4, 5 e 8).
    Essa tão grande salvação custou a vida do Unigênito do Pai, Jesus Cristo, nosso magnífico Redentor, por meio do derramamento do seu precioso sangue naquela cruz. Deus puniu todos os nossos pecados na pessoa de Cristo, Cordeiro sem defeito, nosso substituto. Que plano! Que amor é esse? Essa é a tão grande salvação!
    Assim, Deus justifica os pecadores eleitos por meio da fé em Jesus Cristo. Quando o Deus triplamente santo olha para os pecadores salvos pela Sua graça, Ele vê Cristo, satisfazendo, então, sua justiça. “Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes.” (Gálatas 3.26 e 27). Consequentemente, “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1).
    O que nos resta é desfrutarmos dessa paz, rendermos ações de graças ao nosso Deus Todo-Poderoso, e amarmos intensamente nosso Salvador Jesus Cristo, pois somente Ele é digno de toda honra, glória e adoração.

“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.9 a 11)

Rodrigo Cesar Nogueira

domingo, 10 de abril de 2016

NADA ESTÁ OCULTO A DEUS

"Senhor, mesmo que eu não quisesse me  confessar a ti, que haveria em mim que seria oculto para ti, cujos olhos contemplam todo o abismo da consciência humana?" (Agostinho)


Saber que Deus nos conhece plenamente deveria mudar as nossas orações.

Não deveria nos impedir de achegarmos a Ele em oração e súplica, e de apresentar a Deus o que estamos passando e pensando, mesmo que Ele saiba o que estamos passando e pensando.

Mas devemos ter, no mínimo, consciência de que antes que falássemos qualquer palavra ao Senhor, Ele já a conhece toda.

A consciência de Agostinho ao pronunciar esta oração estava centrada na sublime revelação do caráter de Deus presente no Salmo 139, cujo reconhecimento levou Davi a compreender que Deus não precisa de informação para entender nossa situação ao orar, mas Ele espera de seus filhos uma disposição voluntária e humilde ao buscá-lo de forma piedosa.

O que temos a dizer para Deus não é mais importante do que Ele tem a dizer para e sobre nós.

Rodrigo Cesar Nogueira


sábado, 9 de abril de 2016

AMAR E DISCORDAR: É POSSÍVEL?

Analisar diferenças doutrinárias à luz das Escrituras não é indelicado, ainda que para alguns soe ofensivo. O apóstolo Paulo, algumas vezes, repreendeu certas pessoas por meio de cartas que deveriam ser lidas em público (Filipenses 4. 2 e 3; 1 Timóteo 1.18-20; 2 Timóteo 2.17). Assim, necessariamente não é intento de dividir, com sentimento faccioso, quando uma pessoa expressa desacordo com o ensino de alguém.

Aliás, esse é o imperativo moral que recebemos da Palavra de Deus para examinarmos o que é proclamado em nome do Senhor Jesus, e, por conseguinte, de expormos e condenarmos muitas vezes os falsos ensinos e os comportamentos não-bíblicos daqueles que se intitulam "evangélicos".

Recebemos esse imperativo moral através das cartas de 1, 2 e 3 João, e Judas, nas quais constam inúmeras ordens para expormos e confrontarmos ensinos e posturas antibíblicos. Como exemplo, João, o apóstolo do amor, condenou energicamente e por escrito, a Diótrefes, um líder da igreja na época que insistia em ignorar os ensinos apostólicos (3 João 9 e 10).

João deixou bem claro em sua segunda epístola que o conceito de amor verdadeiro estava inseparavelmente ligado à verdade. Realmente, como ensina John MacArthur (in "O Caos Carismático" - Ed. Fiel), "amor divorciado da verdade nada mais é do que sentimentalismo hipócrita". E, infelizmente, esse sentimentalismo é predominante entre os evangélicos contemporâneos.

Portanto, o desafio bíblico não é evitar a verdade controversa, mas falar a verdade em amor, ainda que haja discordância entre posicionamentos. A Escritura Sagrada é o padrão pelo qual todo ensino e opinião devem ser avaliados.

"Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,"
(Efésios 4.15)

Rodrigo Cesar Nogueira

sábado, 2 de abril de 2016

Ai de mim!

"Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! (Isaías 6.5)


Eis uma exclamação afirmativa tão verdadeira sobre si mesmo; um modelo de homem que corajosamente reconheceu sua própria situação de pecador diante da santidade majestosa de Deus.

Nos cinco capítulos anteriores, notamos que, por diversas vezes, o profeta Isaías declarou a situação precária de outras pessoas:

"Ai desta nação pecaminosa..." (1.4)
"...Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos." (3.9)
"Ai do perverso!..." (3.11)
"Ai dos que ajuntam casa a casa..." (5.8)
"Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite..." (5.11)
"Ai dos que puxam para si a iniquidade..." (5.18)
"Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal..." (5.20)
"Ai dos que são sábios a seus próprios olhos..." (5.21)
"Ai dos que são heróis para beber vinho..." (5.22)

Não que não fosse verdade todas as declarações feitas sobre terceiras pessoas que viviam teimosamente pecando contra Deus. Mas, com muita coragem, Isaías inclui-se também como indigno e pecador como todas as outras pessoas, e não menos carente da graça e misericórdia divinas.

Que peçamos a Deus esse coração humilde e um conceito correto sobre nós mesmos, para deixarmos de apontar o dedo para outras pessoas como se tivéssemos em posição de superioridade e isentos de falhas.

"Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia"
1 Coríntios 10.12

Rodrigo Cesar Nogueira