terça-feira, 26 de julho de 2016

O TEMPO É PRECIOSO

"5. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível."

(Resolução de Jonathan Edwards)


Com esta decisão acima, Edwards entendeu que o tempo é precioso para a vida do ser humano. Isso porque somos criaturas sujeitas ao tempo. Deus delimitou nossa existência em um curto período de tempo - "Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos."  (Salmo 90.9 e 10).

É comum se ouvir pessoas com mais idade dizerem: Nossa, já estou com "X" anos, e como passou tão rápido. Parece que foi ontem que estava na escola, que me formei, que me casei, que fiz isso ou aquilo".

Então, não percamos tempo! Vamos aplicar essa decisão de Edwards em nossas vidas, aprendendo a otimizar cuidadosamente nossa existência temporal aqui e agora, para a glória de Deus, para que não seja tarde demais.

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus."
(Efésios 5.15-16)

Rodrigo Cesar Nogueira

quinta-feira, 21 de julho de 2016

ALGO ESTÁ ME ATRAPALHANDO

Em 1º de junho de 2015 iniciou-se um exaustivo trabalho para retirada de centenas de milhares de cadeados colocados por casais na "Pont des Arts", em Paris, pois se constatou que o peso dos "símbolos românticos" estava afetando a estrutura da ponte de pedestres sobre o rio Sena, deixando as pessoas em situação de risco.

Pensando sobre esse fato, lembrei-me do texto bíblico de Hebreus 12.1 e 2: "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus."

O peso e o pecado atrapalham sobremaneira a caminhada cristã, fazendo com que nossa estrutura fique sobrecarregada, e com isso corremos o risco de empacar no caminho.

Um cadeadinho de amargura aqui, outro de uma mentirinha ali, outro cadeado "insignificante" de um palavrãozinho acolá, e assim vamos acumulando tantos "pecadinhos" (raposinhas - ver artigo do dia 16 de julho de 2016 - http://retendeoqueebom.blogspot.com.br/2016/07/pecados-insignificantes.html) que fatalmente nossa saúde espiritual estará comprometida e cheia de embaraços, que somente poderão ser desfeitos através de quebrantamento, confissão, arrependimento e abandono da(s) prática(s) pecaminosa(s).

Sua vida com Deus está monótona e uma canseira? Seu casamento está sem aquela alegria do início? Sua dedicação e entusiasmo para o serviço na igreja perdeu forças? Vai uma dica: pode haver "cadeados pendurados" em sua vida que precisam ser removidos urgentemente, para que você continue correndo a carreira cristã livremente, fitando seus olhos em Jesus Cristo!

Rodrigo Cesar Nogueira


terça-feira, 19 de julho de 2016

DOMÍNIO PRÓPRIO NO COMER E BEBER

20. Resolvi manter a mais restrita temperança em tudo que como e tudo quanto bebo. (Resolução de Jonathan Edwards)


Com muita sabedoria e discernimento, Jonathan Edwards expressa na resolução acima um grande ensino sobre a moderação em nossos hábitos alimentares, bem como quanto à ingestão de bebida.

Conformando-se às formulações puritanas de devoção pública e particular, Edwards formula uma decisão importante baseada em princípios bíblicos bem definidos: buscar equilíbrio e temperança no que toca a comer e beber.

Vejamos alguns textos bíblicos sobre o assunto:

"Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo." Romanos 14.17

"E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito," Efésios 5.18

"Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor." Filipenses 4.5

"
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, 
nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus." 1 Coríntios 6.9 e 10

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas." 1 Coríntios 6.12

Que aprendamos a viver e andar no Espírito, para honra e glória do nosso Deus!

"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 
mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. 
E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. 
Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito." Gálatas 5.22-25

Rodrigo Cesar Nogueira

sábado, 16 de julho de 2016

PECADOS "INSIGNIFICANTES"

Como é raro fazermos confissão profunda de pecado, seguida de oração pedindo clemência e perdão a Deus, regada a lágrimas sinceras. Sabe porque isso tem sido raro? Porque nós temos uma noção de pecado apenas com relação a atos hediondos, quedas expressivas e vergonhosas, coisas que são iníquas mesmo.

O nosso entendimento do que entristece a Deus e seu Espírito é só quando acontecem tragédias morais. Então, se não praticamos coisas dessa natureza, então não nos arrependemos e choramos verdadeiramente, e tocamos a vida em diante, e o tempo vai passando...

Ocorre que nós nos esquecemos que Deus não faz diferenciação quanto à natureza de pecados. A diferença está somente na consequência da prática pecaminosa.

Com isso, muitos de nós estão permitindo raposinhas devastarem o vinhedo - "Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor." (Cantares 2.15). São pecados "insignificantes" - classificados assim por nós mesmos - que brotam sutilmente em nossos corações, em nossas mentes, e devastam nossa vida espiritual sem nós percebermos.

São pecados de estimação, calçados com sapato de algodão, digamos que (im)perceptíveis, dos quais perdemos o discernimento se são pecados ou não.

Olhando por cima, o viticultor acha que a plantação está bonita, forte, florescendo. Mas, olhando por baixo, as folhas e flores do vinhedo estão comidas, e a vinha não poderá frutificar.

Os pequenos pecados matam! Os pequenos pecados esfriam nossa comunhão com Deus! Os pequenos pecados nos impedem de frutificar!

Esta é uma das razões porque muitos crentes estão frios e distantes de Deus, com lentidão na caminhada cristã, desanimados para as coisas do Reino, sem vontade alguma de ler a bíblia, frequentar cultos e reuniões da igreja, de falar de Cristo para outros, etc...

Que possamos sinceramente reconhecer em oração: "Pai, estou a um, dois, três dias sem orar, sem ler a bíblia, estou muito ausente nas reuniões. Preciso do verdadeiro arrependimento!"

Omissão e negligência são raposinhas. O tempo está passando, e será que estou permitindo pecados fazerem aniversário em minha vida?

 Resolução n. 68 de Jonathan Edwards: Resolvi confessar abertamente tudo aquilo em que me acho enfermo ou em pecado e também confessar todos os casos abertamente diante de Deus e implorar a necessária condescendência e ajuda dele até nos aspectos religiosos. 23 de Julho e 10 de Agosto de 1723

Rodrigo Cesar Nogueira

quarta-feira, 13 de julho de 2016

VIVER BEM PARA MORRER BEM

"Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor." Filipenses 1.21-23


O apóstolo Paulo obteve a convicção, pela fé, de que o morrer era melhor do que o viver, pois cria no porvir, e entendia que a vida não estava encarcerada e limitada no aqui e agora.

Contudo, uma grande lição que Paulo aprendeu em sua comunhão e intimidade com o Senhor Jesus Cristo é que para morrer bem é necessário viver bem. Segundo Hernandes Dias Lopes, não morre bem, quem não vive para glorificar a Cristo. Paulo ansiava vigorosamente glorificar a Cristo em sua morte, como o glorificou em sua vida.

Com isso, passamos a compreender que para termos uma morte como justo, não podemos viver como ímpios. É impossível alguém glorificar a Cristo em sua morte não o glorificando em vida.

Dwight Moody, o grande avivalista do século XIX, bradou na hora da sua partida: “Afasta-se a terra, aproxima-se o céu, estou entrando na glória”. Igualmente, Martyn Lloyd-Jones, o notável pregador galês, disse para sua família nos momentos derradeiros que antecederam sua morte: “Não orem mais por minha cura, não me detenham da glória”.

Estes são alguns exemplos de homens que compreenderam que viver bem (leia-se: para a glória de Deus) é absolutamente necessário para morrer bem, e estar com o Senhor, o que as Escrituras garantem ser INCOMPARAVELMENTE MELHOR!

Que nosso Pai nos ajude a crermos e descansarmos mais e mais nessas verdades.

Rodrigo Cesar Nogueira

segunda-feira, 11 de julho de 2016

UM RELATO SOBRE PERDOAR

Testemunho publicado originalmente na revista “Guideposts”, 1972. A história de Corrie ten Boom foi relatada no famoso livro (e filme) “Refúgio Secreto”, de John e Elizabeth Sherrill, Editora Betânia.


"Foi numa igreja em Munique, onde eu estava pregando em 1947, que, de repente, o vislumbrei: um homem calvo, troncudo vestindo um sobretudo cinza, com um chapéu de feltro marrom amassado entre as duas mãos. Num instante, estava enxergando o sobretudo e o chapéu marrom; no instante seguinte, o uniforme azul, o quepe estampado com a caveira e as duas tíbias cruzadas, o rosto malicioso, lascivo, debochado.

Minhas lembranças do campo de concentração voltaram com rapidez e impacto: a sala enorme com as severas luminárias no teto, a pilha patética de vestidos e sapatos no centro, a vergonha de ter de passar nua diante desse homem. Pude ver o vulto frágil da minha irmã à minha frente, costelas quase furando o fino pergaminho da sua pele.

Betsie e eu havíamos sido presas por termos escondido judeus na nossa casa por ocasião da ocupação nazista da Holanda, durante a Segunda Guerra. Esse homem fora um dos guardas no campo de concentração em Ravensbruck, para onde fomos enviadas.

Agora, ele estava diante de mim, mão estendida: “Que bela mensagem, fräulein! Que bom saber, como disse, que nossos pecados estão todos no fundo do mar!”

Pela primeira vez, desde minha soltura, eu estava frente a frente com um dos meus algozes, e meu sangue parecia ter congelado.

“Você mencionou Ravensbruck na sua palestra”, ele dizia. “Fui guarda lá. Mas depois disso”, continuou, “tornei-me cristão. Eu sei que Deus me perdoou pelas coisas cruéis que cometi lá, mas eu gostaria de ouvi-lo da sua boca também. Fräulein”, com a mão estendida outra vez, “você me perdoa?”

Fiquei ali paralisada. Eu não podia fazer isso. Minha irmã Betsie morrera naquele lugar; será que ele podia apagar sua morte terrível e prolongada, simplesmente porque pedia perdão?

Eu achava que já perdoara a todos; pregava sobre isso por toda parte. Eu, o exemplo de perdão, não conseguia perdoar quando encarava meu ofensor em carne e osso.

Não podem ter passado mais do que alguns segundos, ele em pé com a mão estendida – mas para mim parecia uma batalha de horas, enquanto eu enfrentava a coisa mais difícil que tive de fazer em toda minha vida.

Eu não tinha opção – eu sabia disso. A mensagem do perdão de Deus possui um pré-requisito: que perdoemos a todos que nos feriram. “Se não perdoardes aos homens”, afirmou Jesus, “tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.15).

Ainda assim, lá estava eu com o coração dominado por frieza. Entretanto, perdoar é um ato da vontade, e a vontade pode funcionar indiferentemente da temperatura do coração. “Jesus, ajuda-me”, supliquei silenciosamente. “Eu posso levantar minha mão. Pelo menos isso, posso fazer. Dá-me o sentimento depois.”

Então, sentindo-me um robô, coloquei minha mão mecanicamente na mão que me estava estendida. E, enquanto o fiz, algo incrível aconteceu. Uma corrente começou no meu ombro, correu pelo meu braço e saltou para nossas mãos unidas. Em seguida, esse calor restaurador parecia inundar todo o meu ser, trazendo lágrimas aos meus olhos.

“Eu te perdôo, irmão”, exclamei, “com todo o meu coração!”

Por um longo instante, seguramos a mão um do outro, o ex-guarda e a ex-prisioneira. Posso dizer que nunca experimentei o amor de Deus de forma tão intensa como naquele momento."

Copiado integralmente do site https://atos242.wordpress.com/2009/12/09/aprendendo-a-perdoar-corrie-ten-boom/

sábado, 9 de julho de 2016

JULGAR OU NÃO JULGAR: EIS A QUESTÃO!

Muitos cristãos se perguntam se, de fato, a bíblia reprova ou autoriza o ato de julgar uns aos outros.

Sobre isso, Jesus ensinou no Sermão do Monte acerca do julgamento correto que devemos exercitar. Nesse texto, o Senhor Jesus repudia o julgamento temerário, que é aquele julgamento imprudente, precipitado, sem base fática concreta.

Eis o texto:  "Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão."

Aqui, Jesus ensina que o autojulgamento deve preceder o julgamento alheio. Tanto é verdade o ensino do Senhor sobre podermos julgar, que logo no verso 6 do mesmo capítulo, Ele mostra o seguinte: "Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." Assim, para discernirmos quem são os cães e os porcos, devemos julgar.

Também, devemos exercer julgamento para discernirmos falsos ensinos, conforme determinado pelo Senhor (Mateus 7.15-18): "Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons."

O apóstolo Paulo também esclarece sobre uma incumbência da igreja quanto ao julgamento do que está sendo pregado: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem."

Vejamos outros textos bíblicos que mostram nossa tarefa de julgarmos de forma correta as pessoas:

Isaías 5.20: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!"

Malaquias 3.18: "Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve."

1 Coríntios 5.12 e 13; 6.1-6: "Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor. Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos!"

Portanto, o caminho para um correto julgamento é deixarmos de julgar temerariamente, por impressão ou com informações de segunda mão (ouvi dizer), mas busquemos de Deus o DOM DO DISCERNIMENTO ESPIRITUAL, para distinguirmos com a maior precisão possível uma coisa da outra, cujas diferenças nem sempre aparecem à primeira vista, com o propósito de fazermos um juízo correto das pessoas e suas ações.

"Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça." João 7.24

Rodrigo Cesar Nogueira

segunda-feira, 4 de julho de 2016