Ao passar por alguns supermercados aqui de Campo Grande, notei que certos
funcionários vestiam um colete com uma pergunta escrita: “Posso Ajudar?”.
Esta pergunta me chamou
a atenção e me fez refletir sobre a minha disposição em servir o Reino de Deus,
com bens, dinheiro, voluntariedade no serviço, oração, e outras diligências
mais.
Quando falo em servir o
Reino de Deus, refiro-me à igreja, aos irmãos em Cristo (família da fé –
Gálatas 6.10). Muitas vezes vi que um irmão estava passando por um momento
difícil (financeira e espiritualmente falando), e, mesmo eu tendo condições,
não fiz nada para ajudar, ao menos orei por ele. Certamente agi com
indiferença, e consequentemente, falta de amor.
O Pastor Augustus Nicodemus
disse, em uma de suas pregações, que a falta de amor é tão séria que é
considerada, na bíblia, como a quebra do mandamento “não matarás”.
Mas, a Palavra de Deus é
poderosa para salvar as nossas almas. Basta despojarmos de toda impureza e
acúmulo de maldade, e acolhermos, com mansidão, a Palavra Dele em nós
implantada (Tiago 1.21). Meu desejo é que os
textos bíblicos a seguir convençam e ganhem o seu e o meu coração, caro leitor, cada dia
mais.
Vejamos uma aplicação
prática do amor para com os santos, o qual se torna condição para a permanência
ou não do amor de Deus em nós: “Ora, aquele que possuir recursos deste
mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como
pode permanecer nele o amor de Deus?” (I João 3.17). Não há o que se discutir sobre a praticidade
do teor desta exortação de João.
Quando fecho o coração
ao ver meu irmão em Cristo (ou a igreja do Senhor) padecer necessidade, a
indiferença, mesquinhez e avareza lamentavelmente ganharam terreno em minha
vida, e nisto estou pecando.
É evidente que o trecho
“possuir recursos deste mundo” se refere ao dinheiro. Porém, podemos servir
nossos irmãos e a igreja com dinheiro, com os bens, com a saúde física que Deus
tem nos dado, com orações e súplicas, por meio de um espírito voluntário e
diligente, nos inteirando e se importando com a vida do outro, retirando o foco
do “eu”.
Paulo dá um testemunho
fantástico acerca do amado colaborador Filemom, exemplo para nós por sua
presteza, generosidade e serviço no Reino: “Pois, irmão, tive grande
alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido
reanimado por teu intermédio. (...). Certo, como estou, da tua obediência,
eu te escrevo, sabendo que farás mais do que estou pedindo.” (Filemom 7
e 21). Grifo atual.
Quantas vezes perdi a
oportunidade para que, por meu intermédio, Deus me usasse a fim de reanimar o
coração dos santos. Mas, amado leitor, há esperança para um coração
arrependido. O Senhor, nosso Deus, é misericordioso e não despreza um espírito
quebrantado e contrito! Supliquemos a Deus para que Ele mostre a feiúra dos
nossos corações, impregnado por indiferença e isolamento para com os irmãos, a
igreja, rogando um verdadeiro arrependimento e libertação do pecado da avareza.
Creio que o Senhor é
poderoso para transformar nosso viver, então não mais perguntaremos “posso
ajudar?”, mas exclamaremos ousadamente “gostaria de ajudar a igreja, de uma
maneira ou de outra, pela fé, agarrando esta oportunidade, para honra e glória
do Senhor!” Amém!
"Filhinhos, não
amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.”(I João 3.18)
Rodrigo Cesar Nogueira
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