quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

POSSO AJUDAR?

Ao passar por alguns supermercados aqui de Campo Grande, notei que certos funcionários vestiam um colete com uma pergunta escrita: “Posso Ajudar?”.

Esta pergunta me chamou a atenção e me fez refletir sobre a minha disposição em servir o Reino de Deus, com bens, dinheiro, voluntariedade no serviço, oração, e outras diligências mais.

Quando falo em servir o Reino de Deus, refiro-me à igreja, aos irmãos em Cristo (família da fé – Gálatas 6.10). Muitas vezes vi que um irmão estava passando por um momento difícil (financeira e espiritualmente falando), e, mesmo eu tendo condições, não fiz nada para ajudar, ao menos orei por ele. Certamente agi com indiferença, e consequentemente, falta de amor.

O Pastor Augustus Nicodemus disse, em uma de suas pregações, que a falta de amor é tão séria que é considerada, na bíblia, como a quebra do mandamento “não matarás”.

Mas, a Palavra de Deus é poderosa para salvar as nossas almas. Basta despojarmos de toda impureza e acúmulo de maldade, e acolhermos, com mansidão, a Palavra Dele em nós implantada (Tiago 1.21). Meu desejo é que os textos bíblicos a seguir convençam e ganhem o seu e o meu coração, caro leitor, cada dia mais.

Vejamos uma aplicação prática do amor para com os santos, o qual se torna condição para a permanência ou não do amor de Deus em nós: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (I João 3.17). Não há o que se discutir sobre a praticidade do teor desta exortação de João.

Quando fecho o coração ao ver meu irmão em Cristo (ou a igreja do Senhor) padecer necessidade, a indiferença, mesquinhez e avareza lamentavelmente ganharam terreno em minha vida, e nisto estou pecando.

É evidente que o trecho “possuir recursos deste mundo” se refere ao dinheiro. Porém, podemos servir nossos irmãos e a igreja com dinheiro, com os bens, com a saúde física que Deus tem nos dado, com orações e súplicas, por meio de um espírito voluntário e diligente, nos inteirando e se importando com a vida do outro, retirando o foco do “eu”.

Paulo dá um testemunho fantástico acerca do amado colaborador Filemom, exemplo para nós por sua presteza, generosidade e serviço no Reino: “Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos tem sido reanimado por teu intermédio. (...). Certo, como estou, da tua obediência, eu te escrevo, sabendo que farás mais do que estou pedindo.” (Filemom 7 e 21). Grifo atual.

Quantas vezes perdi a oportunidade para que, por meu intermédio, Deus me usasse a fim de reanimar o coração dos santos. Mas, amado leitor, há esperança para um coração arrependido. O Senhor, nosso Deus, é misericordioso e não despreza um espírito quebrantado e contrito! Supliquemos a Deus para que Ele mostre a feiúra dos nossos corações, impregnado por indiferença e isolamento para com os irmãos, a igreja, rogando um verdadeiro arrependimento e libertação do pecado da avareza.

Creio que o Senhor é poderoso para transformar nosso viver, então não mais perguntaremos “posso ajudar?”, mas exclamaremos ousadamente “gostaria de ajudar a igreja, de uma maneira ou de outra, pela fé, agarrando esta oportunidade, para honra e glória do Senhor!” Amém!

"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.”(I João 3.18)
           

Rodrigo Cesar Nogueira

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