sábado, 13 de fevereiro de 2016

MIL E UMA ..... DESCULPAS

“Ele (Jesus), porém, respondeu: Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos. À hora da ceia, enviou o seu servo para avisar aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado. Não obstante, todos, à uma, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado. E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir. (...) Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.” (Ler Lucas 14.15-24)


O ser humano tem sempre, na ponta da língua, uma desculpa para tudo. Até mesmo inverdades surgem com roupagem de justificativas banais para se escusar de uma responsabilidade ou compromisso. “Sabe o que é, não deu para fazer isso porque......”, completando-se as reticências com todo tipo de desculpa possível: “....porque furou o pneu do trem.”

Infelizmente, muitas vezes no relacionamento com Deus não tem sido diferente. Foi assim lá no Éden, lembram-se das desculpas? A comunhão com Deus logo pela manhã, com a leitura das Escrituras, tem sido trocada pelos incessantes afazeres diários (serviço, tarefas do lar, estudo secular, ...) sob a desculpa da “falta de tempo”. Ir ao culto para desfrutar das inúmeras bênçãos dispensadas por Deus na Igreja tem sido substituído por lazer excessivo, cansaço que só sobrevém naquele momento, ou estar com familiares relembrando o passado (saudosismo!). Será que tudo isso justifica deixar a comunhão com Deus? É certo que não.

No trecho da parábola transcrito acima, Jesus nos ensina uma verdade maior (comunhão com Deus na eternidade, fazendo distinção entre o velho e o novo Israel de Deus), todavia também somos impactados acerca do nosso viver aqui e agora. Sabemos que Deus não precisa de nós (Ele é completo em si mesmo); nós é que precisamos dele, e Ele quer repartir a alegria dele conosco (na parábola, o dono da casa queria vê-la cheia).

Neste texto, Jesus mostra onde o coração dos cristãos pode estar apegado: no Reino de Deus ou no mundo (Tiago 4.4).

Interessante que a grande ceia revela a comunhão com Deus, da qual deriva toda sorte de bênçãos para o cristão, porém ainda surgem desculpas esfarrapadas, fúteis, vazias, denotando que Deus não tem ocupado o primeiro lugar que Lhe é devido (“...buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” – Mateus 6.33).

As consequências de se arrumar mil e uma desculpas para não desfrutar do banquete (comunhão e intimidade com Deus) são trágicas, tais como: esfriamento com Deus, distanciamento dos irmãos, ausência reiterada nos cultos, tristeza, indiferença, egoísmo, etc.

Graças a Deus porque Ele é misericordioso, e Sua Palavra, através desta parábola, expôs meu coração (Hebreus 4.12 e 13). Que possamos curvar nossa cerviz em arrependimento e rever nossa postura de compromisso e intimidade com nosso Deus maravilhoso, reconhecendo que não somos nada sem Ele, e que somente em Cristo Jesus encontraremos alegria, descanso, segurança e misericórdia, o que é incomparavelmente melhor do que os prazeres transitórios deste mundo perverso.

RODRIGO CESAR NOGUEIRA

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