segunda-feira, 27 de junho de 2016

DEVEMOS TER ALGUÉM A QUEM PRESTAR CONTAS

Fui impactado ontem (26.06) pela pregação da terceira carta de João em minha igreja, ao aprender sobre um líder eclesiástico chamado Diótrefes, o qual agia como dominador do rebanho, centralizador, déspota, e, com toda certeza, achava que não devia prestar contas de suas ações no ministério a ninguém. Ninguém?

O que me deixou maravilhado foi verificar a postura e firmeza do apóstolo João ao lidar com esse caso. João, o apóstolo do amor, não usou de bajulação ou fez vistas grossas a pretexto do amor. Aliás, tenho que aqueles que insistentemente proclamam o amor como meio de atenuar a devida seriedade com que o pecado deve ser tratado não têm a mínima noção do amor bíblico genuíno e verdadeiro. Amor e verdade não podem se divorciar.

Veja como João tratou o referido acontecimento:

"Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e os expulsa da igreja. Amado, não imites o que é mau, senão o que é bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus." (3 João 9-11).

Querido leitor, todos nós seres humanos gostamos de ser ilhas desertas. Nós nos sentimos bem confortáveis somente com a nossa própria companhia. Todavia, sermos ilhas desertas nos encaminha para uma triste condição: pouca ou nenhuma avaliação das nossas atitudes. Para nós, é natural darmos nota 10 a nós mesmos, e, consequentemente, exigirmos que todo mundo concorde conosco!

Por isso, na sabedoria do nosso Deus Criador, ele nos fez seres relacionais, com pessoas ao nosso lado PARA TERMOS QUE PRESTAR CONTAS DAS NOSSAS AÇÕES, seja no casamento, entre pais e filhos, na igreja entre irmãos, na liderança plural de uma igreja, e por aí vai.

Quando submetemos nossas vidas ao crivo de outrem, certamente isso trará uma correção sem rodeios, com toda franqueza, sem bajulação ou interesse.

Assim, que reconheçamos a importância de prestarmos contas de nossas atitudes a alguém. Submeta sua vida, sua maneira de pensar, sua pregação, seus projetos à análise sadia de outra(s) pessoa(s) para apontamento de erros e fraquezas, pois, desta forma, você será zeloso, diligente e humilde ao buscar este tipo de auxílio. Que Deus nos encoraje a isso!

Rodrigo Cesar Nogueira

2 comentários:

  1. Amém... Que Deus nos encoraje mesmo a isso, e preserve em nós este coração humilde, que nos livra da ditadura do velho"eu"!!!

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  2. AMÉM PAI....PRECISAMOS A CADA INSTANTE DO SENHOR CRESCENDO EM NÓS, PARA QUE VENHAMOS A DIMINUIR.

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